28 de ago. de 2012

Fabi e Natália já estão integradas à equipe Unilever


Natália tem fome de bola (Daniel Ramalho/adorofoto)
Dezesseis dias após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres/12, a líbero Fabi e a ponteira Natália já estão de volta ao batente. A dupla se juntou à equipe Unilever nesta terça-feira (28/8), pela manhã, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro. Orientadas pelo preparador físico Marco Antônio Jardim, fizeram musculação e esbanjaram simpatia, uma das características marcantes da personalidade de ambas as atletas.
 "Tivemos duas semanas para descansar, rever a família e os amigos. Agora é focar no trabalho. Na seleção, pude ajudar pouco as minhas companheiras dentro de quadra em Londres. Por isso, a vontade de jogar aumenta a cada dia. Estou com fome de bola", avisa Natália, de 23 anos, que está satisfeita com a oportunidade de treinar com jogadoras estrangeiras.
 "O grupo da Unilever está diferente em relação à última temporada. É um novo desafio. Já houve o anúncio da canadense Sarah Pavan e estamos aguardando novas confirmações", diz Nat, como é carinhosamente chamada, sem esconder a ansiedade de finalmente poder trabalhar com o técnico Bernardinho. Na temporada 2011/12, após ser contratada pela equipe carioca, Natália precisou ser operada pela segunda vez na canela esquerda para a retirada de um tumor benigno e não pode jogar.
 "Meu sonho sempre foi treinar com o Bernardo. Agora, já recuperada, vou poder concretizá-lo", comemora.



A líbero Fabi, por sua vez, comentou que a medalha de ouro olímpica de Londres vai valorizar ainda mais a Superliga, competição da qual a Unilever é heptacampeã.
 "A vida continua. O trabalho segue e precisamos estar prontas para essa nova batalha. A Superliga tem grandes times. O de Campinas é uma novidade. A Unilever tradicionalmente trabalha para estar entre os primeiros colocados e teremos importantes reforços nesta temporada para tentar buscar o oitavo título", diz a experiente jogadora de 32 anos, bicampeã olímpica.
 O preparador físico Marco Antônio Jardim explicou que, nas próximas semanas, Fabi e Natália passarão por um programa de recondicionamento, com ênfase nos treinos físicos. "Elas chegaram ao ápice nos Jogos de Londres, tiveram um período de folga e agora vão voltar gradativamente. É importante não pular etapas, já que temos pelo menos dois meses para o início da Superliga. Já vão treinar com bola, porém cumprindo a metade do volume das demais jogadoras".

Fofão em ação com Natália

Caçula da seleção brasileira em Londres, a ponteira Natália terá a oportunidade de jogar na Unilever com a levantadora Fofão, de 42 anos, campeã olímpica em Pequim/08 e dona de outras duas medalhas de bronze nos Jogos. Para Fofão, o entrosamento virá naturalmente.
"A Natália é uma das melhores do mundo. É habilidosa, tem facilidade no salto. Já estivemos juntas bem rapidinho na seleção, mas nunca treinamos em clubes. Tenho certeza que será uma boa temporada. A expectativa é de que todas cheguem logo para a gente ver a cara do time".
 Assim como as demais jogadoras, Fofão também aguarda a chegada do técnico Bernardinho, que está de férias e deverá se juntar ao time no dia 17 de setembro. "Ele já esteve aqui na Urca e avisou que vai voltar com energia máxima", diverte-se.
 Para a temporada 2012/13, a Unilever já anunciou 13 jogadoras, entre renovações e contratações. As novatas do time são a levantadora Fofão, as opostas Sarah Pavan e Bruna e a ponteira Gabi. Também integram o grupo a levantadora Roberta; as ponteiras Natália, Régis, Amanda; as meios-de-rede Valeskinha, Juciely e Mara; e as líberos Fabi e Juju Perdigão.
 A Unilever tem a equipe heptacampeã da Superliga Feminina de Vôlei, a mais vencedora da história da competição. Na edição 2011/12, o time carioca conquistou o vice-campeonato. A equipe também soma em seu currículo nove títulos estaduais, os últimos oito deles consecutivos.



Natália: 'Estou com fome de bola'

Natália nunca escondeu a vontade de trabalhar com Bernardinho. Na temporada passada, por causa de um tumor na canela, pouco pôde usufruir das orientações do treinador. Agora recuperada, além de animada com a conquista da medalha de ouro nos Jogos de Londres, ela vai poder concretizar o desejo.
Junto com Fabi, Natália se apresentou à Unilever nesta terça-feira (28), após curtir um período de descanso ao lado dos amigos e da família. “Agora é focar no trabalho. Na seleção, pude ajudar pouco as minhas companheiras dentro de quadra em Londres. Por isso, a vontade de jogar aumenta a cada dia. Estou com fome de bola", afirmou Natália.


Embora esteja pra lá de disposta a jogar, Natália vai voltar às atividades de forma gradativa, já que teve uma preparação diferente das demais em razão da participação nas Olimpíadas. E quem aguarda com ansiedade pela ponteira é a levantadora Fofão, uma das novidades para a temporada.
 "A Natália é uma das melhores do mundo. É habilidosa, tem facilidade no salto. Já estivemos juntas bem rapidinho na seleção, mas nunca treinamos em clubes. Tenho certeza que será uma boa temporada. A expectativa é de que todas cheguem logo para a gente ver a cara do time", disse a camisa 7.

Fonte: Saque Viagem

24 de ago. de 2012

Fabi e Natália se reapresentam semana que vem para Unilever.

A líbero Fabi, bicampeã olímpica (Pequim/08 e Londres/12), e a ponteira Natália, campeã olímpica (Londres/12), se reapresentam nesta terça-feira (28/8), às 9h30, na Escola de Educação Física do Exército (Esefex), na Urca, para o início dos treinamentos visando à temporada 2012/13.



Fonte: Mundo do Vôlei

18 de ago. de 2012

Natália desfila em caminhão do Corpo de Bombeiros em Joaçaba


A ponteira Natália foi recebida com festa em Joaçaba - SC, nascida em Loanda -PR a atleta que se sagrou campeã Olímpica se mudou para a cidade catarinense com apenas  15 dias de vida.
Em evento corrido a última quinta feira a ponteira da seleção brasileira desfilou em um caminhão do Corpo de Bombeiros em pelas ruas centrais da cidade junto com as atletas da Associação Joaçabense de Voleibol (AJOV) entre elas sua irmã Amália e sua prima Amanda duas  jovens promessas do vôlei.



Após se destacar pela equipe de Osasco onde se sagrou campeã e realizar grandes partidas pela selecão brasileira, Natália se transferiu para a Unilever do Rio de Janeiro, sua convocação para os jogos Olímpicos só foi confirmada poucos dias antes da estréia da seleção  brasileira em Londres devido a duas cirurgias realizada na tíbia esquerda para tratar um tumor benigno.



Fonte: WCB News

17 de ago. de 2012

Natália se emociona com chance e ouro em Londres: "Minha carreira correu riscos"

A ponteira Natália era uma das mais empolgadas na comemoração do bicampeonato olímpico da seleção brasileira de vôlei. Cantou, acenou para o público durante a carreata, ensaiou um "tchu tcha tcha" em cima do carro dos Bombeiros e festejou muito. Também pudera: ela era dúvida para os Jogos até a véspera da competição, já que não estava completamente em forma após a recuperação de duas graves cirurgias na canela. Em entrevista coletiva, ela se emocionou, e revelou que temeu o fim de sua carreira. 
"Quando a gente foi campeão, eu agradeci o Zé. Não era só a Olimpíada que estava em jogo, mas também a minha carreira. Foram duas cirurgias, a primeira em junho do ano passado. Mais de um ano afastada, não é fácil. A chance de estar em Londres já era uma vitória pessoal para mim", declarou a jogadora, com os olhos cheios de lágrima, durante coletiva na chegada ao Brasil, nesta segunda.
Aos 23 anos, a jogadora teve, de fato, que se superar para ir à capital inglesa. No começo de junho de 2011, um exame constatou que as dores que a atleta tinha na canela esquerda havia cinco meses, e que haviam piorado no fim da Superliga, eram devido a um pequeno tumor. No dia 2 ela realizou uma cirurgia para a retirada do tumor.




Depois de aproximadamente dois meses e meio, voltou a saltar e a treinar com bola. Neste período, manteve a forma física e realizou exercícios com os membros superiores do corpo. O problema é que conforme a intensidade dos treinamentos aumentava, as dores voltavam. Veio, então, mais uma etapa do drama. O tumor havia voltado. Em 20 de dezembro ela realizou a segunda cirurgia, e teve previsão de volta estimada para três meses.
A recuperação não foi simples. Natália, que era para estar em quadra em fevereiro, chegou em julho ainda sem atuar e completamente sem ritmo de jogo. Treinou com o grupo da seleção brasileira, fez saltos gradativos e foi dúvida até o último instante. Zé Roberto confiava e contava com a atleta para Londres, por sua agressividade no ataque e pela importância dela no grupo. O técnico levou Camila Brait de sobreaviso para os Jogos. Mas apostou naquela que considera uma das maiores revelações do vôlei feminino nos últimos anos.
"Apesar de não ter ajudado a equipe como eu poderia em quadra, a força que dei fora, a alegria que passei, foi importante. Não tenho palavras para descrever o que foi fazer parte disso tudo. Superação é algo que sempre tive, e em todo momento eu acreditei que daria para estar em Londres. Por isso, nós tínhamos de acreditou no ouro também o tempo todo", completou, antes de ser abraçada por Fernandinha.




Fonte: Mundo do vôlei

15 de ago. de 2012

'Ganhar das americanas é fácil, difícil é arrumar namorado', confessa Natália

No Dia dos Solteiros, a campeã olímpica do vôlei não esconde a busca por um namorado

Nos bastidores do Encontro, as campeãs olímpicas do vôlei conversaram com o site sobre vaidade e... assuntos do coração! Fabi aproveitou para brincar com uma foto da amiga Natalia com um sapo. “Natalia beijando um sapinho querendo achar um príncipe. Vamos ver se essa medalha vai render frutos para a Naty”, brincou a líbero.
Mas será que está tão complicado assim para a Naty encontrar um namorado? Sheilla não se intimidou e foi logo falando: “Essa aqui está na eterna busca por um namorado”. Natália entrou na brincadeira e não negou que está à procura de um grande amor. “Depois desse ouro aqui, ganhar das americanas é fácil, difícil é encontrar um namorado”, divertiu-se.
E para a missão de encontrar um partidão não ficar ainda mais complicada, Natália, que tem 1,83 metro, prefere não usar salto alto para não assustar os homens. “Eu uso raramente, só quando sei que vou sair com amigos que são altos", conta.





Brincadeiras à parte, as meninas contaram que é preciso muita dedicação para exibir uma conquista olímpica, mas mesmo assim não deixam a vaidade de lado. “É de lei fazer unha, arrumar o cabelo... Estávamos viajando e por isso ficamos um mês sem fazer a mão, o pé, a sobrancelha e o cabelo. Ficamos desesperadas”, contou Natália, que não dispensa um blush, um corretivo e uma máscara para cílios antes de entrar em quadra.

Apesar da preocupação com a aparência, Sheilla garante: “Antes de ficarmos bonitas, estamos pensando em jogar”. Mas confessa também que usa várias camadas de máscaras para cílios antes dos jogos. A líbero Fabi vai contra a corrente e revela que não é adepta do make dentro de quadra. “Eu não tenho muito costume de me maquiar dentro de quadra, não. Prefiro fazer isso fora, mas bem pouquinho”
Quando o assunto é a boa forma, as meninas contam com o auxílio de uma nutricionista. “Eu tenho tendência a ficar mais gordinha, estou sempre fechando a boca”, contou Natália. “A Sheilla é privilegiada, não é de engordar. A gente tem uma educação alimentar, mas o nosso esporte permite que a gente coma algumas coisinhas de forma controlada”, disse Fabi.



Fonte: Globo.com

Técnico Zé Roberto ouve piadinhas das jogadoras de vôlei após mudar visual


'A careca não está privilegiando ele não. Com a medalha de ouro ia ficar bem mais bonito', divertiu-se Fabi

As bicampeãs olímpicas do vôlei passaram perrengue nos primeiros jogos, mas mostraram que não estavam nas Olimpíadas para brincadeira. No palco do Encontro, elas contaram um pouco dessa emoção e comentaram o visual do técnico após pagar sua promessa.
Zé Roberto não esteve pessoalmente no programa, mas participou do estúdio da Globo de São Paulo. Ele apareceu com a cabeça raspada, cumprindo uma das promessas que fez, caso a equipe ganhasse a medalha, e teve que ouvir as piadinhas das jogadoras, que se divertiram com o novo visual do técnico. "A careca não está privilegiando ele, não. Com a medalha de ouro ia ficar bem mais bonito", divertiu-se Fabi brincando com o fato de o técnico não receber a medalha em Olimpíadas. Zé Roberto se divertiu com as brincadeiras. “Eu tive que começar a pagar no domingo, vai demorar um ano para cumprir todas as promessas”, contou o técnico, que comemorou o ouro fazendo peixinho na quadra.
Natália contou que a ficha da medalha de outro está caindo aos poucos e que essa conquista teve um gostinho especial para ela. “Eu tive um pequeno tumor na canela e precisei fazer duas cirurgias. Fiquei dois meses sem colocar o pé no chão, mas sou uma pessoa muito positiva e nunca deixei de acreditar”, contou .
A líbero Fabi, que também participou da conquista do ouro em Pequim, disse que as duas conquistas foram bem diferentes. “Em Pequim nós éramos favoritas, só perdemos um set em todos os jogos. Em Londres foi mais complicado, estreamos contra a Turquia e ganhamos no sufoco, depois perdemos para os Estados Unidos e para a Coréia. A virada foi incrível”, desabafou a jogadora.
Sheilla admitiu que os três primeiros jogos foram ruins. “Foram horríveis, depois melhorou”, disse ela. “Enfrentamos muitas críticas, pessoas desrespeitando, mas estávamos lá para representar o Brasil”, finalizou.


Fonte: Globo.com

13 de ago. de 2012

Ao som de 'Oi, oi, oi', bicampeãs do vôlei desfilam em carro aberto por SP


Seleção brasileira feminina é homenageada em carreata após ouro

Nem o fuso horário londrino foi capaz de diminuir a euforia das meninas da seleção brasileira feminina de vôlei. Após desembarcarem na manhã desta segunda-feira no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, as bicampeãs olímpicas foram homenageadas pelo povo paulistano. Em cima de dois carros do Corpo de Bombeiros, a comissão técnica e as jogadoras Fabi, Sheilla, Thaisa, Fernanda Garay, Natália, Fabiana, Adenizia, Fernandinha e Tandara ignoraram o cansaço da noite maldormida e participaram de uma carreata pelas ruas de São Paulo. As meninas se divertiram ao som de várias músicas, mas, principalmente, de “Dança kuduro”, canção que embala a abertura da novela "Avenida Brasil", da TV Globo, e ficou famosa pelo seu "Oi, oi, oi".
Do grupo que conquistou o bicampeonato olímpico nos Jogos de Londres, apenas a levantadora Dani Lins e as atacantes Paula Pequeno e Jaqueline não participaram da carreata, que rendeu muitos aplausos pelas ruas e causou congestionamento em alguns trechos de São Paulo.
O trajeto das bicampeãs olímpicas começou perto da Avenida Tiradentes, passou pela Praça da Sé e depois subiu a Brigadeiro Luiz Antônio. Os carros do Corpo de Bombeiros atravessaram a Avenida Paulista, sendo recebidos com fogos de artifício, e desceram a Rua Augusta, seguindo para a Cidade Jardim até a chegada ao Palácio do Governo, na Avenida Morumbi.




Governador de São Paulo recebe as bicampeãs olímpicas

O governador Geraldo Alckmin recebeu as atletas e a comissão técnica. No encontro, todos receberam a Medalha de Honra ao Mérito Esportivo das mãos de Geraldo Alckmin. De todos os homenageados, o técnico Zé Roberto foi o mais assedidado pelos funcionários do Palácio do Governo. Após distribuir autógrafos e posar para fotos, o único tricampeão olímpico do país se mostrou orgulhoso com tamanha honraria.
- É um prazer muito grande estar aqui. Tivemos uma missão importante, que era defender o título de campeão olímpico. Vocês sofreram conosco em dois jogos épicos, contra a Rússia e os Estados Unidos, mas acho que no dia da final nenhuma seleção do mundo seria capaz de ganhar da gente - afirmou Zé Roberto.
Orgulhoso e extremamente feliz pela conquista da segunda medalha de ouro consecutiva do vôlei feminino, o governardor Geraldo Alckmin fez questão de agradecer o feito das bicampeãs olímpicas.
- Nossos abraços e parabéns por tamanho sucesso e alegria. Essas meninas deram exemplo de garra. Estamos entusiasmados para as próximas Olimpíadas no Rio de Janeiro. Todos nós nos sentimos representados por essa medalha - disse o governador de São Paulo.




Fonte: Globoesporte.com

Seleção feminina de vôlei chega a São Paulo e 'dribla' pequena torcida

Jogadoras saem por porta lateral do aeroporto de Guarulhos e vão para o hotel conceder entrevista. Cerca de dez torcedores esperavam o time


Com a medalha de ouro na bagagem, a seleção brasileira feminina de vôlei já chegou a São Paulo nesta segunda-feira, mas não passou pelo salão de desembarque do aeroporto de Guarulhos. Jogadoras e membros da comissão técnica do Brasil saíram por uma porta lateral do aeroporto e foram a um hotel para conceder entrevista coletiva. Apenas um pequeno grupo de dez torcedores esperava pelas atletas no local.
Mais tarde, as atletas desfilarão pelas ruas da capital paulista em carro do corpo de bombeiros. A carreata tem início previsto para as 11h. O fim do trajeto, que estava previsto para o Ginásio do Ibirapuera, foi alterado para que a carreata passe pelo Palácio dos Bandeirantes, onde as jogadoras da seleção serão recebidas pelo governador Geraldo Alckmin.


Fonte: Globoesporte.com

11 de ago. de 2012

Natália exalta chance de ajudar seleção

Foram longos meses afastada das quadras para se recuperar de duas cirurgias na canela; incontáveis dias sem poder saltar, até que tudo terminou com uma recompensa de ouro - literalmente. Aposta mais arriscada do técnico Zé Roberto para as Olimpíadas de Londres, Natália não atuou tanto no esquema tático da seleção que conquistou o bicampeonato, mas, teve papel importante nos bastidores.
“Eu posso não ter ajudado o tanto que eu teria ajudado se estivesse 100%, mas o grupo é muito mais forte do que isso. As meninas que jogaram o tempo inteiro fizeram um belíssimo campeonato. Estava ali para dar força para elas. Acho que isso ajudou bastante nesses momentos difíceis”, falou Natália, em entrevista ao SporTV
E essa participação moral de Natália não seria possível se Zé Roberto não tivesse bancado a decisão de levá-la aos Jogos em troca do corte de Camila Brait. “Agradeci ao Zé. Se não fosse a chance, a confiança que ele tinha em mim, eu não estaria aqui nesse momento agora. Depois de duas cirurgias, o que eu passei durante o ano inteiro - fiquei dois meses e meio sem andar -, estar aqui é maravilhoso, é um sonho”, falou a camisa 12.



Fonte: Saque viagem

Brasil renasce após o primeiro set, domina as americanas e é bi no vôlei

Batida por 25/11 no início, seleção feminina busca forças, repete resultado de Pequim e faz de Zé Roberto Guimarães o único brasileiro tricampeão olímpico


Se houvesse nocaute no vôlei, a final olímpica de Londres teria durado apenas 21 minutos. Foi o tempo que as americanas gastaram para carimbar nas brasileiras um primeiro set avassalador, com incríveis 15 pontos de diferença. Mas a disputa não era de boxe e, além do mais, as meninas que vestiam amarelo neste sábado conhecem muito bem a receita para ficar de pé antes que a contagem chegue a dez. O contragolpe foi imediato na segunda parcial, e, dali para a frente, a torcida que lotou a Arena em Londres viu um Brasil gigante. Valente. Campeão. Bicampeão olímpico. A vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os Estados Unidos não são imbatíveis. Que Hooker não é inalcançável. Que as meninas não têm medo de bicho-papão. E que José Roberto Guimarães é o único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante de um ginásio lotado e eufórico




Não é do feitio de Zé Roberto encher o peito para alardear qualquer feito pessoal. Ele prefere entrar na festa com as jogadoras na quadra, mergulhar no peixinho, extravasar no grito. Ajoelhou-se no chão, vibrou muito com cada atleta e, enfim, respirou aliviado após sua campanha mais dramática. Campeão em 1992 com os homens e em 2008 com as mulheres, Zé carregou este grupo na ponta dos dedos até o título em Londres. Ficou por um fio na primeira fase, de calculadora na mão, torcendo - ironia das ironias - por uma vitória das americanas na última rodada para sobreviver.
Sobreviveu e, mais que isso, cresceu. Derrubou a Rússia em jogo espetacular nas quartas, salvando seis Match points no tie-break. Arrasou o Japão na semi, com um 3 a 0 sem ressalvas. E marcou para este sábado o reencontro com os EUA, quatro anos depois de batê-las em Pequim. Desta vez, o favoritismo estava do outro lado da rede, com todos os confrontos recentes pendendo para o lado americano. O primeiro set arrasador deixou a torcida com o estômago na boca. Mas a reação provou que, quatro anos depois, as brasileiras ainda são as melhores jogadoras de vôlei do planeta.
- A gente joga por amor. Sabemos que em alguns momentos a gente não conseguiu fazer o melhor e as críticas foram importantes pra gente ver que as pessoas acreditavam na gente. Não posso deixar de agradecer a esse grupo que foi incrível. Nas horas mais incríveis, a gente se uniu, se honrou - disse a líbero Fabi ao SporTV.



Nocaute no início

Nervosa, assim como a torcida, a seleção não conseguia se encontrar no início da decisão. Até fez 1/0 com uma largadinha de Sheilla, mas as americanas entraram com o pé na porta e jeitão de favoritas. Abriram 6/1 com o luxo de não precisar de nenhum ponto de Hooker. Zé Roberto parou o jogo, os ânimos se acalmaram um pouco, mas só um pouco. Se na primeira parada o placar era de 8/3, na segunda já era de 16/7. Tonto em quadra, o Brasil viu as rivais abrirem 22/8 e praticamente só conseguiam pontuar nos erros do outro lado da rede, como os dois em sequência que deixaram o placar em 22/10. Nada aconteceu além disso. Em apenas 21 minutos, fim de papo, com incríveis 25/11.
Quando pareciam mortas, as meninas de Zé Roberto renasceram do nada e abriram a segunda parcial vencendo por 3/0. Ainda viram as rivais empatando logo em seguida, mas conseguiram se manter à frente, até com certa folga. Quando Garay soltou o braço e fez 11/6, o técnico Hugh McCutcheon parou para conversar com suas atletas. Zé estava mais calmo, e o time também, a ponto de segurar a reação e abrir de novo para 18/12, em bom momento de Jaqueline. As nocauteadas da vez eram as americanas, que não acharam as bolas e viram o Brasil igualar o jogo com a autoridade de um 25/17.




"O campeão voltou", gritava a torcida em altos decibéis numa arquibancada completamente tomada pelo amarelo, com pequenos focos de azul, vermelho e branco. O Brasil estava em casa, e motivado. Abriu o terceiro set vencendo por 6/2. Com autoridade, foi conduzindo bem a vantagem e segurou uma forte reação americana na metade da parcial. Na segunda parada, vencia por 16/13. Com Akinradewo virando todas, não foi fácil arrastar o set até o fim. Mas deu. Com Jaque, Garay e Sheilla largando o braço no ataque, veio o que ninguém imaginava após aquele primeiro set: 25/20 e uma virada na raça
Na quarta parcial, nada de apagão. Concentrado, o time brasileiro sabia que do outro lado da rede não haveria entrega, mas manteve a cabeça no lugar para chegar à primeira parada técnica com 8/6. Com a capitã Fabiana crescendo, o que já estava bom ficou ótimo nos 16/10. Zé mandou à quadra Natália, outro símbolo de reação no grupo. Quase cortada por uma lesão na canela, ficou até o fim, entrou poucas vezes, mas é tão campeã quanto qualquer outra. Àquela altura, as americanas até ensaiavam uma reação, mas já não pareciam tão ameaçadoras. E o Brasil segurou até o fim, com a pancada de Garay que imortalizou o momento: 25/17, 3 a 1, ginásio histérico.
Festa dupla para as bicampeãs Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaisa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia. Festa mais do que merecida para Zé Roberto, ou apenas Zé. O único Zé tricampeão olímpico.