Natália planeja estreia pela Unilever no Carioca

Campeã olímpica em Londres, Natália foi uma das atletas mais assediadas pela imprensa durante a apresentação da Unilever, nesta segunda-feira (24), no bairro da Urca, Rio de Janeiro. Fora assim também no ano passado, quando chegou do arquirrival do Sollys/Nestlé com o status de principal contratação da temporada.
Mas duas cirurgias na canela adiaram a estreia de Natália, que não entrou em quadra nenhuma vez na condição de atleta da Unilever. Já recuperada, ela torce para que 2012/13 seja diferente. Ao menos, os primeiros sinais são positivos, com a participação mais ativa nos treinos, ainda que as famosas pancadas não façam neste momento parte da rotina.
Segundo o técnico Bernardinho, Natália tem sido mais uma terceira líbero do que uma atacante de fato. Trata-se de uma medida cautelosa, para que ela consiga fazer a diferença a partir de novembro na Superliga. A ideia do patrão é que a ponteira divida com a oposta Pavan a tarefa de colocar as principais bolas no chão. E Natália está ciente da missão. 
“É muito dolorido não poder fazer o que mais amo na vida. Não vejo a hora de poder vestir efetivamente a camisa da Unilever, entrar em quadra e ajudar o time. Eu brinco que, se tivesse um sonho para escolher hoje, seria para jogar sem dor, sem nada. Esse sonho está perto de ser realizado. Se Deus quiser, o Carioca já vou estar jogando”, afirmou ela.

Os problemas físicos a levaram a evoluir como atleta e pessoa. Visivelmente mais magra, ela controlou o apetite em prol da recuperação do tumor na canela. A cabeça também melhorou. “Espero conseguir ser a Natália de antes ou até melhor. A gente amadurece em muitos aspectos, dá mais valor à saúde, à carreira. Quando eu voltar, vou estar mais evoluída.”
E com a volta da camisa 12, cresce também a expectativa para o esperado encontro com os antigos fãs de Osasco no José Liberatti. Ciente de que a situação tende a não ser das mais fáceis, a ex-jogadora do Sollys/Nestlé garante estar tranquila, focada no trabalho e pronta para liderar a Unilever. 
“Eu espero que os torcedores de Osasco já tenham esquecido esse episódio. Eu tinha essa vontade de treinar com o Bernardo. Sem dúvida alguma, foi uma decisão certa. Queria que as pessoas ficassem felizes por mim. Espero que eles não guardem tanto rancor. Sei que vou ter que ouvir muito lá em Osasco, mas eu não ligo”, garantiu.

Fonte: Saque viagem