26 de set. de 2012

Após ouro quase sem jogar, Natália confessa ter exercido função de psicóloga nas Olimpíadas

Jogadora da Unilever ainda se recupera de um grave problema na canela

Sem condições de jogar uma partida de vôlei há cerca de um ano devido a um tumor na canela esquerda, a atacante Natália foi uma das grandes apostas do técnico José Roberto Guimarães para as Olimpíadas de Londres. Apesar do problema físico, ele a relacionou no grupo de 12 atletas que ganharam o ouro na disputa. Ela, porém, praticamente não atuou na competição. 
Um mês e meio depois da conquista, a jogadora confessou que foi para a Inglaterra com poucas condições de jogo: apenas duas semanas antes, ela ainda sentia muitas dores na canela. Sendo assim, ela explicou qual foi a sua função na seleção: 
- A minha missão em Londres não foi virar bola, não foi entrar para virar jogo: foi negócio de grupo. Por exemplo: no momento em que perdemos para a Coreia (ainda na primeira fase), as meninas saíram chorando, então eu fiquei dando força, não deixava o astral cair nunca. Tem pessoas que não entendem e perguntam: "Ah, então pra que ela foi para lá?", mas a minha missão mesmo foi esse trabalho de animar as pessoas. E digo que esta é uma missão cumprida. 


Alto astral, realmente, é uma qualidade que pode ser atribuída a Natália. Na apresentação da equipe 2012/2013, realizada na segunda-feira (24), a jogadora até arriscou uns passinhos de “Moon Walk” quando chamada ao palco. Em fase final de recuperação, ela ainda tem se poupado no ataque, trabalhando ao menos por enquanto como uma “terceira líbero”: 
- Ela atacou duas vezes aqui em quase um mês. Ainda não está apta para jogar, afinal é muito tempo parada. A Natália está ansiosa porque, por enquanto, fica mais no fundo que na rede. Aos poucos vamos trabalhando e espero que ela já esteja 100% em condições de jogo na Superliga (que começa em novembro). 
Natália, por sua vez, confessa que chegou a temer por sua carreira durante o período parada. Sem ainda ter jogado pelo time que a contratou na metade do ano passado, a atleta disse ter chorado muito após a derrota da Unilever para Osasco na final da última Superliga: 

 Era um sentimento de impotência, de não poder ajudar, que me deixou acabada. Mas depois você esquece para começar outra parte da vida. 
Se é possível tirar algo de bom desta história, diz Natália, é o fato de ter amadurecido: 
- Tenho que começar o zero mesmo, mas estou tranquila, de cabeça boa. Amadurecei em muitos aspectos. Passei a dar muito mais valor à saúde, à carreira. 

Fonte: R7.com

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