Com um elenco titular composto somente por jogadoras da seleção brasileira, o Sollys/Nestlé é, certamente, favorito ao posto de melhor equipe feminina da temporada 2012/2013. Ironicamente, no entanto, vem justamente do time nacional a inspiração para um dos maiores rivais da equipe paulista, a Unilever, batê-las.
Há sete anos defendendo a equipe sediada no Rio de Janeiro, a líbero Fabi, que também está na seleção, fez uma corajosa autocrítica ao lembrar que, nas Olimpíadas de Londres, o Brasil não tinha o melhor time:
- Osasco tem um time ainda mais competitivo que o do ano passado, com um banco muito forte. É o time a ser batido. Mas, na Olimpíada, os EUA era o melhor time e não ganhou.
Na decisão de Londres 2012, as americanas foram derrotadas pelo Brasil. Uma das estrelas daquele time, a propósito, foi contratada pela Unilever: a ponteira Logan Tom, que ainda não chegou ao Rio devido a problemas com o visto, mas é esperada até o fim da semana.
Para o técnico Bernardinho, a chegada de Tom é fundamental o time, que trouxe ainda a oposta canadense Sarah Pavan (maior pontuadora da última Liga Italiana) e a levantadora Fofão. Para ele, faltou equilíbrio na última temporada, onde Unilever se viu prejudicada pela contusão de Natália, que está quase um ano parada devido a um tumor na canela :
- Quero a Natália e a Sarah dividindo a responsabilidade da pontuação, enquanto a Logan e a Fabi sustentam a defesa e o passe para que a Fofão use todo o talento que tem. No ano passado, a responsabilidade de pontuar ficou muito com a Sheilla, já que a Natália se machucou. O passe também era instável, de que adiantava termos uma jogadora talentosa como a Fernanda (Venturini) ou a Fofão se elas tinham que correr atrás da bola? Se conseguirmos melhorar isso, nos tornamos mais equilibrados.
Depois de um ano parada, já que não conseguiu um contrato nas condições que gostaria, Fofão também joga o favoritismo para Osasco:
- Osasco tem uma grande vantagem e é um dos times mais fortes por conta do fato de a maior parte das jogadoras estarem na seleção e virem juntas para o clube. São atletas muito experientes e o entrosamento delas já é bem maior que o de qualquer outra equipe.
Unilever e Osasco fazem a final da Superliga feminina há oito temporadas seguidas. Fabi, porém, deixa claro que não se incomodaria com mais uma partida decisiva nessa história:
- Se tiver que ser Rio e Osasco de novo, que seja. Não temos que pensar só no que é bom para a Superliga: todos os times estão aí e quem conseguir ter o melhor desempenho, vai se sobressair. Eu adoro essa rivalidade com Osasco, é o que apimenta os clássicos.
Fonte: R7.com
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