26 de fev. de 2012

Superliga de vôlei completa 18 anos de mudanças e vitórias no esporte

Levantador Rafinha, do Montes Claros, participou de todas as edições do campeonato, que começou em 1994 e passou por muitas transformações

Em 18 anos, a Superliga vem abrindo espaço para as gerações mais bem-sucedidas do vôlei brasileiro. Ao longo desse caminho, os jogadores tiveram que se acostumar com um esporte em constante transformação. Hoje, os atletas são maiores e mais fortes, o jogo ficou mais rápido e novas regras foram determinadas como parte do processo de evolução. Nesse período, o vôlei de quadra brasileiro conquistou cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro. Três títulos de Campeonatos Mundiais e oito da Liga Mundial com os homens.  As mulheres ainda levaram oito títulos do Grand Prix.
O principal torneio entre clubes também já foi responsável por revelar grandes craques. Rafinha, levantador do Montes Claros, não é um dos rostos mais conhecidos do esporte, mas carrega um título especial, que nenhum outro astro do vôlei do país possui: a participação em todas as edições.
- É um prazer estar comemorando estes 18 anos e acho que a Superliga é sinônimo de sucesso. O vôlei brasileiro tem esse nome lá fora muito por causa da Superliga também. Então pra mim é um prazer ter jogado e vencido quatro vezes - disse Rafinha
A história do torneio começou em 1994. O time feminino mais vitorioso de todos os tempos é o Rio de Janeiro, que já foi o Curitiba, campeão na temporada 97/98. O técnico era Bernardinho.
- Nos sagramos campeões no primeiro ano. Foi uma coisa assim de buscarmos jogadoras que estavam meio desvalorizadas. Trouxemos a Fernanda como o nosso ícone, referência, botamos o pessoal em volta e o time foi campeão. Então, pra nós foi assim uma entrada com o pé direito na Superliga que estava começando a tomar corpo, engatinhando ainda pra se tornar essa jovem adulta que é hoje - lembrou o técnico Bernardinho
Durante os anos de Superliga, a constante modernização do esporte obrigou os atletas a se acostumarem permanentemente com as mudanças. Até mesmo o maior pontuador de todos os tempos da Superliga teve que se adaptar pra continuar útil em quadra.
- Hoje tem muito voleibol força. Antes tinha muita técnica, hoje tem muitos jogadores altos de 2,05, 2,10m. Eu tenho 1,90m e antigamente fazia meio de rede. Hoje já não tem, é muito difícil - contou Ezinho

Novas regras em jogo

Em 1998, quando a Superliga ainda tinha apenas quatro anos, o vôlei passou por uma revolução. A partir dali, as bolas no chão seriam pontos e não vantagens, os sets terminariam em 25 pontos e não 15, e os talentos de baixa estatura teriam a oportunidade de viver do esporte. O líbero chegou para isso. Fabí tem um metro e sessenta e sete de altura. Muito pouco pra qualquer outra posição do vôlei. Mas uma solução simples na regra permitiu que ela, assim como outras 'baixinhas' e 'baixinhos' tivessem a chance de jogar profissionalmente. Vestidos com um uniforme diferente, eles passaram a entrar em qualquer uma das três posições no fundo de quadra.
- Eu acho que o líbero dá pelo menos essa oportunidade de as pessoas sonharem em ser atletas de vôlei. Nunca teria conhecido as pessoas que eu conheci, vivido momentos que eu vivi, se não fosse essa posição de líbero - disse Fabí
Entre as mulheres, apenas uma líbero jogou todas as dezoito Superligas. Para conseguir isso, Arlene precisou atender a um pedido do técnico José Roberto Guimarães lá atrás.
- Eu lembro que eu chorava, eu não quero jogar de líbero. Eu quero atacar, eu gosto de atacar. E ele falou: Então vamos fazer o seguinte. Você joga de líbero e eu te deixo fazer aquecimento de rede - lembra a atleta.

Destaques da Superliga

Craques são o segredo do sucesso. Entre os homens, o maior de todas essas dezoito edições é fácil de saber quem é. Entre os jogadores, a resposta foi unânime: Giba.
- Maior craque de todos para mim e jogando ao meu lado foi o Giba - disse Rafinha
 - Eu fico com o Giba. Eu vi ele crescer, desenvolver, e está aí até hoje - afirmou Gustavo
Entre as mulheres, a escolha fica mais difícil e alguns nomes que marcaram a história do vôlei no país como Fernanda Venturini e Ana Moser apareceram.
- Eu diria pela história a Ana Moser - escolheu Fabí.
- Ah, não tem, na Superliga é a Fernanda Venturini, com certeza - afirmou Bernardinho
- Eu acho que pelo número de títulos é a Fernanda Venturini. A que tem mais título de Superliga é ela, não é?Então, é a maior craque - disse Sheila
- É Ana Moser, Sheila, Mari, enfim, Paula, Ana Paula, Ana Flávia, assim, grandes jogadoras que marcaram. Eu também, né, eu faço parte - finalizou Fernanda Venturini.



Fonte: Globo Esporte

Um comentário:

  1. Que brilhante querida! muito bom..Que venha muitos anos dessa super liga que nos inspira!

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